segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Deixe o gordo ser gordo!

Existe uma preocupação imensa por parte da sociedade (magra) com a saúde dos gordos. Algumas pessoas (inclusive eu, no ápice da minha TPM e irritação) costumam chamar essa preocupação de "preconceito disfarçado". 

É claro que não dá para generalizar. Algumas pessoas realmente se preocupam com isso (por experiências pessoais, na maioria dos casos), outras pensam que se preocupam mas no fundo apenas odeiam os gordos. Há também as que realmente escondem o preconceito atrás da falsa e preocupação e, claro, também existem as pessoas que tocam o foda-se pro disfarce e deixam claro que preferiam o mundo livre dos gordos hahaha (porque só rindo, né?!). 

Não importa qual seja o seu caso, apenas foque em uma coisa: deixe os gordos em paz. Se você acha mesmo de extrema importância falar, alertar, dar a sua opinião para aquele amigo ou parente gordeenho, faça isso. Mas faça apenas uma vez e com discrição. 

Não adianta nada ficar tocando no assunto sempre, dando "toques" quando a pessoa vai comer alguma coisa na sua frente, mandando links, marcando em comentários de matérias, e etc. O máximo que você vai conseguir com isso é perder o amigo. Na boa, isso é muito chato. Em geral, 99,9% das pessoas sabe q refrigerante é veneno, açúcar faz mal, e quase todo mundo sabe o que se deve ou não comer. Quem é gordo, ou tem algum disfunção ou simplesmente não consegue comer menos e direito. Dificilmente você vai encontrar um gordo que é assim por ignorância.

Não estou dizendo que os gordos amam ser gordos (em alguns casos isso é verdade, sim, mas de novo: não generalizemos), mas também não são todos os gordos que se odeiam. Pelo menos não até perceberem o quanto a sociedade é preconceituosa. Muitos gordos começam a se odiar apenas em resposta ao que recebem do mundo e isso sim é que não é nada saudável!

Toda essa pressão ao redor da obesidade acaba com a saúde psicológica dos obesos. Muitas vezes uma pessoa de bem com o próprio corpo roliço acaba se tornando amargurada por não ser como o mundo exige e por não conseguir emagrecer (por N motivos). A hipertensão, o diabetes, o colesterol e todas as outras doenças assustadoras (que costumam ser recorrentes da obesidade) estão aí, mas acredite, a depressão, o suicídio, a não aceitação, o hate yourself também estão aí, então não foda com a cabeça do seu amiguinho só por achar que ele precisa emagrecer. Vá lavar uma pia de louça e cuide da sua própria vida :) 

Além disso tudo, são inúmeros os fatores que levam à obesidade e as pessoas muitas vezes se esquecem disso ao olharem torto para os gordeenhos. Às vezes as pessoas engordam por distúrbios hormonais, psicológicos, doenças patológicas e etc etc etc; nem sempre o gordo é vagabundo, comilão, guloso e sem noção como muita gente pensa. 

Portanto, minhas gentes, nós já sabemos de todos os perigos de ser gordo. Se somos gordos, apenas nos deixe em paz. Ofereça sua ajuda, dê os seus conselhos e depois, largue do nosso pé. Algumas pessoas vão mudar, outras não vão, mas essa é a vida. Você não precisa amar os gordos, apenas respeite o que cada um é e sejamostodosfelizesamém. 

segunda-feira, 19 de setembro de 2016

Feliz primeira década de vida!



Hoje este blog completa 10 anos de vida! Em 2006 entrei na faculdade de jornalismo e criei este blog com um único propósito: ser colaboradora do Tudo de Blog da Revista Capricho. Se deu certo? Bem... claro que deu! Por 4 anos consecutivos eu fui uma felizarda colaboradora da revista que eu tanto tinha amado na minha adolescência! Fiz muitas amizades e tive experiências realmente bacanas.

Um os fatores que me impulsionou a entrar para o Jornalismo foi justamente a Capricho. Li a revista minha adolescência inteira (e ela era bem diferente do que é hoje, desculpe a honestidade, rs) e conforme a revista foi se modificando eu fui criando a utopia de que o Jornalismo para Adolescentes era uma das chaves para salvar o mundo, que os teens precisavam de um jornalismo bem feito especialmente para eles, na linguagem deles e que falasse sobre assuntos importantes para a formação do caráter e etc. Eu me imaginava como uma repórter da Capricho que falaria de assuntos sérios com tom descontraído e que daria sua colaboração para a melhora do mundo. Se deu certo? Bem... claro que não! 

O mundo definitivamente não estava (e ainda não está) preparado para mim HAHAHAHA
Brincadeiras à parte, nada deu certo, minha vida no jornalismo foi arruinada por terceiros e eu acabei mudando totalmente minha vida profissional (para quem não sabe, eu ainda trabalho no ramo da comunicação, mas como redatora publicitária, analista de mídias sociais, gerente de marketing digital, e por ai vai). Só tenho a agradecer àquele editor FDP que jogou água na minha carreira jornalística, porque eu, honestamente, manjo muito do que faço hoje e sou totalmente feliz =D

No fim das contas o blog acabou se tornando um espaço para o registro das minhas memórias nas mais variadas formas: vídeos, músicas, fotos, imagens, textos nada  ver (HAHAHA de novo)... mudei o nome do espaço de Infinito Particular para Cotidiano. Desativei por mais de um ano. Voltei. mudei de Cotidiano para Infinito Particular de novo (mas, na verdade, o nome do blog em si nem importa tanto, porque todo mundo acaba chamando de contapramarcela). E agora aqui estou eu, de volta depois de mais de um ano parada, totalmente enferrujada, sem a menor noção do que eu tô fazendo, mas tããão feliz!

Sejam bonzinhos comigo, leiam, comente, compartilhem, mandem o link pros amiguinhos, me incentivem e me inspirem para que este blog volte a ser constante e com algum conteúdo legal, hehe

Em resumo: Feliz aniversário, broguinho, eu continuo te amando! Obrigada pelos anos lindos, pelas portas abertas, pelas alegrias, pelas amizades sinceras que me trouxe e por sempre "me ouvir"! 

UPDATE: Acabei de ter uma bela lembrança do momento de criação do blog. Era 19 de setembro de 2006, uma terça-feira de sol, dia do aniversário da minha prima Mayara (uma grande influenciadora da minha infância e adolescência). Eu estava no laboratório de redação da faculdade sem muito o que fazer, querendo escrever e pensando no que fazer da minha vida. Lembrei da Capricho. Lembrei que tinha lido algo sobre o Tudo de Blog, uma nova sessão da revista e do site. Lembrei que eu já tinha pensado em fazer um blog só para concorrer. Aproveitei o tempo livre e meti as caras! Fui alimentando o blog até ele ter conteúdo suficiente, me inscrevi no Tudo de Blog e aqui estou eu, até hoje apaixonada por blogs ❤



PS: peguei esta imagem na net, não sei onde, por isso está sem créditos... e editei com o(s) nome(s) do blog :) 

terça-feira, 13 de setembro de 2016

Sobre o “Coitadismo”

Ao contrário do que você pensa, este não é um texto de abaixo o coitadismo. Mas também não é um texto pró. É apenas um texto sobre mim. 

Dizem por aí que o coitadismo é a síndrome de "sempre eu", "pobre de mim", "nada dá certo comigo"... Mas o buraco é muito mais embaixo, meu senhor. Sou uma coitadista convicta, e não por achar bonito, apenas por reconhecer que eu tenho a tendência de sentir pena de mim mesma e de me lamentar. Mas acontece que os fatos da minha vida falam por si só. Pelo menos pra mim. 

Durante toda a minha vida eu me senti um ser humano inferior. Nada do que eu fazia era elogiado pelos meus pais, parentes ou professores. Eu nunca achei que tivesse algum talento. Sempre fui uma aluna mediana (aquela que tira nota baixa em exatas, fica de recuperação, se mata de estudar e passa com a média raspando no final). Nunca fui a mais bonita e, pra ajudar, sempre fui gorda, em uma sociedade totalmente preconceituosa.

As pessoas passaram a minha adolescência inteira inventando métodos para me “dar de presente” tratamentos para emagrecer, disfarçando o preconceito em preocupação com a minha saúde física. Isso degradou a minha saúde emocional, mas nunca vi ninguém se preocupar em me dar tratamentos para isso. Nem apoio. Nem carinho. Nem diálogo.

Pelo contrário. A minha depressão nunca foi compreendida nem aceita. Recebi apelidos gozadores, fui taxada de preguiçosa, vivi momentos de verdadeiro inferno emocional por pressão com coisas como “você não lavou a louça e isso faz de você a pessoa mais preguiçosa e descomprometida do mundo”. 

Sempre tive a visão clara de que a minha família me amava pelos laços sanguíneos, mas que não gostavam de mim como pessoa. Nunca fui a companhia ideal de ninguém, nunca fui a melhor amiga de ninguém nem a pessoa preferida de ninguém. Milhares de vezes testemunhei minhas primas serem mais próximas da minha mãe do que minhas. E o que tem de mal nisso? Nada! Espere até o seu melhor amigo começar a namorar a sua mãe que você vai me entender. É uma sensação de troca, de que alguma coisa está errada ali, de que alguma coisa está errada com você.

Isso sem mencionar a “mundana”, distante de Deus, não convertida que eu sempre fui aos olhos da minha família (constituída por muitos, muitos crentes). O fato de eu ser contida nas minhas expressões (gerais, não apenas de fé) deu aos crentes o direito de me julgar. Contraditório, né? Mas foi assim mesmo. “Marcela, vou te mandar um versículo por dia” “Não precisa, eu tenho aplicativos pra isso e também sei abrir a Bíblia” “Ah, mas eu vou mandar” (afinal a minha fé é muito maior do que a sua – fica subentendido, né?)... E vai dispensar pra você ver só. "Marcela, senti um desejo enorme de orar por você" (porque você é uma pobre alma perdida que precisa de muita oração, fia - fica subentendido de novo). 

Muitas vezes me senti inferiorizada diante de outras pessoas. Sabe aquela velha historinha conhecida de todo mundo? “Mão compra uma bolacha pra mim?” “Não”, aí o seu irmão pede e ela compra. E assim eu fui crescendo, com conflitos cada vez maiores e mais profundos, muito além de um pacote de bolachas. 

Os meus conflitos sempre foram vistos pelos outros como superficiais, sem importância ou infundados. E o menosprezo foi, mais uma vez, entranhando na minha mente e na minha alma toda a minha pequenez diante do mundo. Como alguém não vai ser coitadista desse jeito, minha gente? É uma questão de enxergar que você nunca tem valor nem importância e sentir pena de si mesmo, siiiiiim! E por que não? Até por ser coitadista a gente acaba sendo julgado de coitadista, meu Deus, é um ciclo sem fim. 

Não sei pelas minhas experiências ou se por ser um traço da minha personalidade mesmo, mas fui me sentindo cada vez mais uma coitadinha. Cheguei ao ponto de sentir pena de mim mesma. Sempre soube que as pessoas detestam a autopiedade, mas liguei o foda-se pra isso e dei vasão aos meus sentimentos e impressões. 

Existe uma graaaaaande diferença entre se fazer de vítima e não buscar melhorar as coisas e apenas reconhecer fatos. Eu reconheço todos os fatos desgraçados sobre a minha vida. E mesmo sendo tudo o que eu falei aí em cima, eu nunca deixei de correr atrás. Fiz faculdade, fiz pós-graduação, me esforcei pra caramba. Fiz terapia, fiz psicanálise, tomei remédio, fiz exercício e nada adiantou. Não consegui bosta nenhuma da vida, mas não fiquei parada chorando e implorando atenção de ninguém. Por isso é que eu saio do sério quando alguém vem com o famoso “você é muito coitadinha”... cara, eu sou mesmo. Literalmente. 


PS: não precisa chacotar nem ter peninha de mim, o espelho já faz as duas coisas todas as manhãs.
Obrigada, de nada. 

PS2: este texto não é um pedido por elogios disfarçado. 

PS3: não sei como o gato aguenta 7 vidas, eu não to aguentando uma!

PS4: não precisam vir com o setembro amarelo comigo não, eu não tenho planos de me matar; pretendo ser sofredora (Maria do Bairro mode on) e reclamar disso por muito tempo ainda HAHAHA

PS4.1: leve o texto mais para o lado do humor do que para o lado da lamentação exatamente :P  Apesar de que é. só que não é... bom, deixa pra lá! 


segunda-feira, 12 de setembro de 2016

Eu não sei mais ser blogueira

Disposta a ressuscitar meu blog no mês em que ele completa 10 anos, decidi dar uma revisada no conteúdo e... meu Deus. Como foram mais de 2 mil posts nos anos em que ele esteve à todo vapor, percebi que revisá-lo (afim de não manter publicados textos publicitários e outras coisinhas) seria uma tarefa impossível. Optei por converter todos os posts em rascunhos, desta forma, conforme a vida for deixando, eu vou republicando os que estiverem aptos HAHAHA
Então não se assuste com um blog de 10 anos completamente vazio, aos poucos ele vai retomando a vida (ou ganhando vida nova, não sei) ;)

Outro impasse que encontrei pelo caminho: eu não sei mais ser blogueira. A realidade da blogosfera mudou muito. Facebook, vlogs, youtubers, tudo isso modificou demais a internet e a forma de expressão online. Confesso que, fora o Facebook (praticamente abandonado), eu não testei nenhuma outra forma de interação da moda, mas já posso adiantar que nada é como o meu querido bloguinho...
A sensação de acolhimento do meu mundinho que, ainda que público, sempre foi intimista e cheio da minha mais profunda sinceridade... aiai. 

Não sei explicar o motivo, mas sempre adorei escrever aqui, por isso voltar tem sido uma "perturbação" constante na minha mente. Espero conseguir manter alguma frequência, retomar antigas amizades e, quem sabe, conquistar um público novo!

Hoje vou ficar por aqui porque a inspiração ainda não voltou de vez (hahaha), mas assim que baixar aquele santo, eu volto! Ah, e não se empolguem demais, apesar de algumas diferenças que a maturidade vai trazendo (afinal, comecei o blog com 18 anos e já estou com 28!), eu ainda sou a mesma pessoa cheia de dramas, que gosta de desabafar e que não tem nada de muito interessante pra contar :P

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Dim dom, a moça do Avon!


Curiosidades sobre o filme "Edward Mãos de Tesoura"

Um dos meus filmes favoritos na infância, Edward Mãos de Tesoura despertou em mim uma admiração muto grande pelas coisas "diferentes". Comecei a considerá-las especiais e únicas. Desenvolvi simpatia (ou simplesmente reconheci a simpatia que já existia em meu interior) por tipos "estranhos e desajustados". Notei que me identifico em muitos pontos com a estranheza e o desajuste. Por isso hoje resolvi postar as curiosidades sobre este filme tão sensível e diferente :)

*

Foi um dos primeiros papéis no cinema de Johnny Depp, que já demonstra sua preferência por personagens estranhos e desajustados.

Este foi o último filme de Vincent Price, que morreu três anos depois; curiosamente, o seu personagem morre na sua última cena. (eu amava tanto esse hominho...)




Tom Cruise e Robert Downey Jr. foram considerados para o papel-título. Michael Jackson também demonstrou sério interesse no papel (achei muito a cara do Michael!)

O falecido cantos Michael Jackson, comprou as famosas mãos de tesoura, usadas por Depp no filme, mais tarde elas foram postas a venda para um leilão beneficente realizado por Jackson.

O primeiro papel cinematográfico de Johnny Depp foi no filme A hora do pesadelo. Seu personagem morre retalhado pelas luvas com lâminas de Freddy Krueger, muito semelhantes às mãos-de-tesoura de Edward.

Tim Burton nomeou Edward devido à semelhança com o nome Ed Wood, cineasta cuja biografia ele filmaria em 1994, com Depp no papel principal.

O filme é uma fábula moderna, inspirada em antigas histórias de terror, como Frankenstein, A bela e a fera e O fantasma da ópera, onde as personagens, que como Edward são bondosos e ingênuos, mas a incompreensão e o preconceito levam os personagens à reclusão e a comportamentos anti-sociais, que acabam por reforçar a impressão inicial que sua aparência causa.


 

É um dos filmes mais reprisados até hoje pela Rede Globo, so ficando para trás de Lagoa Azul na Sessão da Tarde. (\o/)

As mãos de tesoura utilizadas por Depp no filme foram a leilão no dia 24 de junho de 2009 e foram arrematadas por US$ 16 mil, os organizadores do leilão esperavam arrecadar apenas US$ 5 mil pelo artefato.

Nick Carter dos Backstreet Boys aparece no filme, a cena é quando um menino (ele) estava esbarrando em uma piscina cheia de água.. quando Edward estava andando de carro com uma mulher.

A inspiração de Johnny Depp foi o clássico Cabinet Of Dr. Caligari.

Ao longo do filme, as cicatrizes no rosto de Edward continuam mudando de tamanho e profundidade.

O primeiro esboço do filme foi escrito como um musical.





As esculturas gigantes que Edward cria no filme foram feitas com um corpo de metal e fios. Em seguida, foram colocadas folhas de plástico. Muitas das esculturas são significativamente mais altas do que os arbustos originais. (nunca notei, rs)

A maquiagem de Johnny Depp levava 1:45 h para ficar pronta. (quase o mesmo tanto que a minha, então ok hahahahha)

O filme foi gravado nos arredores de Tampa, na Flórida. Todas as casas do bairro foram pintadas. Durante as filmagens, os moradores ficaram hospedados em um motel local.

Johnny Depp diz apenas 169 palavras durante todo o filme. (papel dos meus sonhos)


 

Tim Burton chegou a pedir para Robert Smith, vocalista da banda The Cure, compor a trilha sonora de Edward Mãos de Tesoura. O diretor enviou uma cópia do roteiro para o músico, mas Robert estava muito ocupado gravando o disco "Disintegration" e nunca tinha ouvido falar de Burton, então recusou a proposta. Danny Elfman (que também foi vocalista de uma banda popular dos anos 80, o Oingo Boingo) ficou responsável pela função. (bem feito para o Robert Smith. Obrigada, de nada.)

Johnny Depp teve de perder aproximadamente 11 kilos para interpretar Edward.

Tim Burton considera Edward Mãos de Tesoura o seu melhor filme. (coincidência, Tim, eu também!)

Esta foi a primeira vez em que o diretor Tim Burton e o ator Johnny Depp trabalharam juntos. Eles iniciaram uma grande amizade que dura até hoje e, juntos, realizaram filmes como: Ed Wood (1994), A Lenda do Cavaleiro Sem Cabeça (1999), A Fantástica Fábrica de Chocolate (2005), A Noiva-Cadáver (2005), Sweeney Todd - O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet (2007), Alice no País das Maravilhas (2010) e Sombras da Noite (2012).




(Com informações: Sérgio Viana - Administração Fatos Desconhecidos- FB)

quinta-feira, 21 de março de 2013

Feliz dia do blogueiro! Atrasado ¬¬

Vamos voltar a 2004, ano do tsunami na Tailâdia, primeiras especulações sobre haver água em Marte e ano de criação do Orkut. Ano também no qual, infelizmente, faleceram dois dos meus autores preferidos: Hilda Hilst e Fernando Sabino. E, pelo lado bom, ano no qual o melhor seriado que já existiu, LOST, foi lançado. Porém, por mais interessante que seja fazer essa retrospectiva mais do que retrô, voltemos em 2004, primeiro ano no qual eu tive o prazer de conhecer o maravilhoso advento da Internet. Melhor: ano no qual criei meu primeiro blog.
...
Durante meus primeiros anos na blogosfera, fiz muitas amizades pelos comentários do blog. Tinha gente do Rio, de Brasília, de São Paulo, do Sul... De todo o lugar que eu pudesse imaginar desse Brasil. E a gente conversava muito, horas e horas no MSN, saudoso MSN. O saudoso Flavinho, o Antonio, a Fe, a Jaya e tantos outros queridos e queridas que passavam diariamente por aqui... Alguns são amigos até hoje!
...
Nesse meio tempo, tive oportunidades incríveis na blogosfera. Ganhei uma coluna na revista Porcão, graças ao Bill Falcão que me garimpou neste universo blogueiro. Houve um tempo em que a revista Capricho tinha uma seção na revista chamada Tudo de Blog, a qual consistia em 3 textinhos de 3 blogueiras em uma página da revista falando sobre determinado tema dado pela jornalista responsável, a Nati Duprat. Também tínhamos uma seleção de textos pra parte do Tudo de Blog no site da Capricho. Então eu, leitora assídua da Capricho na época e desejosa de trilhar meu caminho jornalístico por este rumo, resolvi me inscrever para ser colaboradora, na seleção de 2006 (incriçã em 2006, começo do projeto em 2007). A inscrição era um texto, sobre um tema X que não lembro agora, e mais alguns dados. E, para a minha surpresa, em meio a milhares de inscrições, fiquei entre as 130 selecionadas!
...
Quem me conhece e/ou acompanha essa minha jornada louca na blogosfera, sabe que eu tenho sérios problemas com prazos. Chego a ficar meses sem postar, e nem é hipérbole: podem checar minha última postagem antes desse post... Mas quanto me dá na telha, eu vou e escrevo um testamento, coisa que provavelmente está acontecendo agora. Por conta disso, quase não saí no Tudo de Blog, já que eu fazia 2 de 20 pautas mandadas, por exemplo. Sem contar que sempre tive um jeito de escrever muito peculiar, que assusta as pessoas (até hoje noto isso, pelo facebook, por exemplo. Polemizo muito, sou chata, e eu sei disso). 

Mesmo assim, fiquei na equipe até a extinção da seção na revista e no site, que aconteceu em 2010. Fiquei, então, de 2007 a 2010, dos 18 aos 21 anos: a cada ano mais ou menos 60 meninas "das antiga" ficavam e 60 meninas novas eram selecionadas. E, nesse meio tempo, eu tentava manter este blog, que até então se chamava Infinito Particular, atualizado. Atualizar era fácil, havia dias em que eu postava 3 vezes, rs. Dificil era seguir puta, eu sempre prezei muito a minha liberdade de escrever, pelo menos no blog, da maneira e sobre o que eu quisesse, uma vez que a carreira josnalística não me permitia essa liberdade.
...
O Tudo de Blog acabou, mas a amizade com as lindas que conheci lá, não. Hoje em dia temos um grupo de desabafos e tudo o que você puder imaginar no Facebook, onde relembramos e contamos as peripécias atuais. Fica aqui um beijo enorme pra todas elas, já que algumas são blogueiras até hoje também!

Hoje em dia somos jornalistas, publcitárias, redatoras, mães (alguns bebês nasceram na época do TDB e são os nossos mascotinhos, ou TDBabys), donas de casa, filhas rebeldes, entre tantas outras coisas, mas a cima de tudo, somos as ex TDB, somos amigas, e algumas ainda são blogueiras!

Depois do TDB, partimos para o No Divã, projeto das ex-tudodebloguetes que, assim como eu, ficaram órfãs na noite para o dia, precisando de um novo local para se expressarem. Infelizmente, devivo ao meu probleminha com prazos, inspirações e etc, ainda não contribui com a revista, mas permaneço nog rupo, com a esperança de ainda ter algo legal para compartilhar lá. Não deixem de visitar a Revista No Divã.

Então é isso... feliz do blogueiro para mim, para o Cotidiano (ex Infinito Paritucular, minha casinha desde 2006), para os meus amigos blogueiros, para os blogueiros que eu não conheço e para você que leu até aqui, afinal, quem lê blogs também merece os meus mais sinceros parabens!!



Partes do texto do blog da Bruna Werneck, o Infinitopia em homenagem ao dia do blogueiro. Peguei alguns trechos e adaptei para a minha realidade, acrescentei outros trechos. Pois é, eu estava sem tempo e sem inspiração para postar ontem, dia do blogueiro, mas ai veio a Bruna com esse texto maravilhoso e eu resolvi me apoderar de algumas partes S2 Sei que ela me perdoará!

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Herdeiro da Pampa Pobre - conhecendo a letra


Explicação da música Herdeiro da Pampa Pobre (explicando termos)

Dia desses eu estava ouvindo a música "Herdeiros da Pampa Pobre", regravação dos Engenheiros do Hawaii (S2) da músida dos Gaúchos da Fronteira, quando uma pessoa que estava perto começou a me perguntar: "o que é pampa? Matizes??? O que são fortunas rotas? O que é um caudilho?" e por ai vai... na terceira explicação eu já estava cansada e já havia percebido que a pessoa não entederia a música por desconhecer tantas palavras. E a música é tão linda... e eu não posso exatamente culpar a pessoa por não conhecer as palavras, a maioria delas é antiga e/ou regionalizada demais para ser compreendida por todos. Eu, pelo meu amor inveterado pelo Rio Grande do Sul, ou pelo meu amor inveterado pelos Engenheiros do Hawaii, não sei, desde pequena sempre entendi o que queria dizer cada trecho da canção. Baseado nisso, resolvi fazer este post linkando explicações para as palavras desconhecidas. Não sei se alguém vai se interessar em ler isso, mas eu me interessei em faze-lo, e é isso que conta, o que eu quero dividir no eu blog =P  (egoísmo mode on). Então, para satisfazer o meu ego, ou, quem sabe, a sua curiosidade, ai vai a letra da canção Herdeiro da Pampa Pobre, com linkagens para os termos que possam ser desconhecidos: 

 
Mas que pampa é essa que eu recebo agora
Com a missão de cultivar raízes
Se dessa pampa que me fala a história
Não me deixaram nem sequer matizes? (item 6)
Passam às mãos da minha geração
Heranças feitas de fortunas rotas (item 1)
Campos desertos que não geram pão
Onde a ganância anda de rédeas soltas

Se for preciso, eu volto a ser caudilho
Por essa pampa que ficou pra trás
Porque eu não quero deixar pro meu filho
A pampa pobre que herdei de meu pai

(Repete)

Herdei um campo onde o patrão é rei
Tendo poderes sobre o pão e as águas
Onde esquecido vive o peão sem leis
De pés descalços cabresteando mágoas
O que hoje herdo da minha grei chirua (confira a explicação da expressão grei chirua)
É um desafio que a minha idade afronta
Pois me deixaram com a guaiaca nua
Pra pagar uma porção de contas

Se for preciso, eu volto a ser caudilho
Por essa pampa que ficou pra trás
Porque eu não quero deixar pro meu filho
A pampa pobre que herdei de meu pai

Eu não quero deixar pro meu filho
A pampa pobre que herdei de meu pai

Eu não quero deixar pro meu filho
A pampa pobre que herdei de meu pai




PS: se você continua sem compreender direito a canção, ou se quiser que eu explique as expressões e o sentido das frases, solicite nos comentários que eu terei o maior prazer em fazê-lo =P

PS2: leia-se "herdeiro" como seres humanos e "pampa pobre" como status quo.

PS3: Entenda mais e melhor sobre o que a música quer transmitir aqui

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Algumas almas precisam se encontrar

Algumas almas realmente foram feitas para se encontrar. Não importa a distância em que corpos se estejam, quando o encontro está escito, o destino dá o seu jeitinho e providencia os detalhes.

Clarissa vivia em uma cidade pequena, interior do Espírito Santo, mas por algum motivo que ela mesma nunca pode entender, sempre amou Santa Catarina. Não, não era o amor pela praia que fazia com que Clarissa fosse louca pelo estado. Talvez fosse o sotaque o Catarinense. Talvez as histórias que ouvia.

O fato era que de tanto adorar SC, Clarissa decidiu se mudar para lá. No auge de seus 22 anos, recém formada e munida de muita coragem, ela começou a arquitetar um plano para deixar o emprego, preparar a mãe para sua partida e ir aos poucos conseguindo novos amigos no novo estado.

E foi em uma noite quente de fevereiro que, em um chat da internet, a garota conheceu Matheus, um jovem Catarinense que parecia interessado em coisas muito além do que os papos banais dos outros caras daquela sala. A conversa entre ambos fluía de forma natural e descontraída. Trocaram MSN. Conversaram por toda aquela noite, sugeriram filmes, escolheram o sabor do sorvete que tomariam quando Clarissa se mudasse para Florianópolis. 

A ligação que surgiu naquela noite era muito maior do que aquelas poucas horas podiam demonstrar. Era como se fosse um reencontro de antigos colegas de escola que nunca mais haviam se visto e agora contavam um para o outro o que havia mudado em suas vidas. As coincidências eram tantas que surpreendia os jovens a cada frase. 

Não havia como fugir da sensação atordoante daquele encontro. Não havia olho no olho, não havia voz, não havia sorrisos; mas a força que hava ali superava qualquer falta. Por mais maluquice que parecesse, Clarissa começou a idealizar futuros, planejar dias e foi de novo dando asas àquele coração que ela havia decidido deixar na gaiola.

Nem Clarissa nem Matheus sabem como vai ser a próxima conversa. Não se sabe como serão as reações quando um começar a conhecer os defeitos e coisas ocultas sobre o outro. Não há como prever o futuro de uma amizade recém nascida. É impossível antecipar os próximos sentimentos. Mas não há medo. As duas almas estão leves e felizes pelo encontro.

O fundamental é trabalhar o afeto. Mantê-lo vivo. Querer desenvolver as relações, todas elas. As almas precisam manter a razão viva e  coração aceso até que os corpos possam se encontrar. A paciência é uma dádiva que Clarissa e Matheus precisarão compartilhar até que os cabelos loiros dela possam brilhar sob o sol em uma praia Catarinense, virando de um lado para o outro, enquanto ela vibra asssitindo Matheus em uma partida de volêi de areia. 


sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Escuridão

Não se precisa ser a luz do mundo quando se pode caminhar no escuro, adaptando os olhos à penumbra e descobrindo aos esbarrões o que há a nossa volta. Sozinho isso dá medo. Em dois, ainda dá medo, mas há com quem conversar, rir, brigar, compartilhar, se apoiar.
Vamos?

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Um post inutil, só pq me deu vontade de escrever =]


Querido Leitor 

No verão passado, minha mãe encontrou meus trabalhos escolares e os mandou para mim. Meu marido, Ross, e eu rimos quando lemos o comentário da professora da primeira série no fim do ano letivo: “Robin ainda não consegue trabalhar com as habilidades matemáticas básicas. Apesar disso, ela consegue manter toda a classe entretida na hora do tapete com suas historinhas imaginárias” Aí está onde a paixão por contar histórias começou! (Isso também explica porque eu não consigo fazer meu balanço financeiro).

Ross e eu trabalhamos em um ministério com jovens em período integral nos últimos dezessete anos. Enquanto nossos filhos eram bebês, eu escrevi alguns artigos e escrevi alguns livros infantis. Para minha alegria, eles foram publicados! Então as meninas no nosso grupo de jovens começaram a me pedir a escrever alguns livros para elas, então eu escrevi uma série de doze livros chamada Serie Cris. A paixão por contar histórias continuou a crescer. 

Segredos é meu primeiro livro para adultos. Como todo recém-nascido, há um certo deslumbramento no momento em que ele finalmente é conhecido. E um tanto de alegria. Estou alegre porque este livro é um romance. Se eu continuar contando histórias, quero continuar contando romances porque, pra mim, romance é a essência da redenção. Pense em um amante incansável que busca seu primeiro amor até que eles finalmente se unem. Deus é o amante incansável, e nós somos o seu primeiro amor. 

Obrigada por ler este livro. Compartilhar com você essas histórias é um tipo de hora do tapete. Tomara que passemos muitas horas dessas juntas. E que este romance te leve aos braços do amante incansável que conhece os segredos do seu coração. 


Sempre,
Robin Jones Gunn. Segredos – Série Glenbrooke


*


Engraçado como a Robin e suas histórias se parecem comigo. Primeiramente, eu gosto muito de escrever. Já escrevi muitas histórias e meu sonho era ser uma autora de infanto-juvenil como ela. E isso tud desde antes de conhecer as obras dela. No entanto, ela começou na década de 80, o que facilitou. Já nos dias de hoje, com um mundo saturado em todas as áreas, acho que escrever livros comuns e sem grandes emoções (não é uma crítica, é uma observação - como eu gosto. Gosto de romances, de pessoas, cada um com suas facetas diferentes e maravilhosas) se torna uma tarefa pouco aproveitável, dá a sensação de que ninguém vai se interessar. Isso me desestimulou como escritora.

No entanto este texto é para falar das minhas semelhancas com as personagens da Robin. Como já contei em outro texto, eu me identifico muito com a Cris (série Cris, a primeira série da Robin e a primeira que li também). Mas depois que sai da adolescência, a coisa mudou um pouco... a Cris se casou, e eu terminei meu relacionamento. Passei então a ler a série Katie e me identifiquei muuuito com ela e seus momentos, mas no final a Katie foi pedida em casamento. Perdeu a graça, porque parei de me identificar de novo.

No momento, estou lendo a série Glenbrooke, uma série para mulheres adultas. Acabei de ler o livro Segredos e não me identifiquei muito com a Jéssica, pois ela era uma menina rica e distante de Deus. No entanto, ela tem 25 anos e os sonhos e sentimentos dela se confundiam com os meus facilmente, comecei a me interessar pela moça que trocou a vida de luxo por um chalezinho simples em uma cidade de interior, que queria pendurar a própria roupa no varal e ter um garotinho cantando aos seus pés...

Agora estou no segundo livro, Sussurros. Teri também tem 24 ou 25 anos e está vivendo muitos conflitos internos por estar solteira, em busca de um relacionamento bacana. Ela começa o livro sendo paquerada por 3 homens completamente diferentes, tentando definir qual deles faz fogos de artificil explodirem em seu coração. Ela gosta das sensações, ela ora, ela procura conhecer as pessoas.

Ontem meu amigo Gabriel me disse que sou muito carente. Eu concordo, em partes. Mas a verdade é que cada pessoa foca na vida naquilo que mais lhe interessa; algumas pessoas se preocupam com a carreira, outras em ter muito dinheiro, outras em simplesmente viver... eu foco no amor. Para mim o fundamental é estar bem com tudo e todos, e, para isso, eu preciso amar, ser amada e viver uma relação saudável e divertida. 

Não pense que eu gosto de me lamentar da vida ou de buscar o amor incansavelmente, mas essa é uma característica minha da qual não consigo (e não sei se quero) me livrar. Entendi que eu não sou canrente, sou como uma personagem de um livro de romance água com açucar: sou doce, romantica, necessito de sentimentos. Será que um dia viro livro? =P